​BERNARDO BELLO
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The tail wags the dog
A Montanha, Lisboa
05/02/20 - 12/02/20



    Photo credits: @photodocumenta
THE PATHFINDERS                                         
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Rua da Bempostinha, 64, Lisboa
FEA 2019
16/05/19 - 2 /06/19



With: 
ÁCIDA, Aires de Gameiro, Alexandre Camarao, Ana Pérez-Quiroga, André Guedes, André Poejo, Andreia Santana, António Bolota, Ben Duvall, Bernardo Bello, Bernardo Simões Correia, Carmo Posser, Catarina de Oliveira, Daniel Rios Rodriguez, Dealmeida Esilva, Diogo Evangelista, Fernão Cruz, Francisca Carvalho, Francisco Queirós, Gonçalo Pena, Gonçalo Preto, Horácio Frutuoso, Hugo Canoilas, João Marçal, Jorge Nesbitt, Luisa Cunha, Manuel Caldeira, Maria Ana Vasco Costa, Martin George, Musa paradisiaca, Nikolai Nekh, Nuno Henrique, Oscar Holloway, Paulo Mendes, Pedro A.H Paixão, Pedro Barateiro, Pedro Portugal, Pedro Sousa Vieira, Ricardo Passaporte, Sebastian Burguer, Sónia Almeida, Tomás Cunha Ferreira, Vasco Futscher, Von Calhau, Xavier Almeida






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PARES
A.calpi e Bernardo Bello
Espaço Cultural Mercês, Lisboa
02/04/19 - 15/04/19

   

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Segunda Categoria
Rua da Bempostinha 64, Lisboa
​FEA 2018
17/05/18 - 3/06/18

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Hot Bodies
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A Montanha, Lisboa
06/12/17 - 14/01/18

    Photo credits: @photodocumenta




A pressão tinha vindo, carregando-se ao longo do dia, camada em cima de camada de calor, cada hora com a sua particular característica, as da manhã ainda com uma certa frescura, ainda tolerável, que começava a dissipar pelas onze e meia, quando o corpo começava a ganhar uma certa lassitude, e qualquer trabalho, mesmo o mais agradável, só podia ser praticado até à hora do almoço. À uma, a mente mal conseguia transmitir as ordens às mãos para preparar um repasto decente, um com todos os nutrientes, e não só abrir o frigorífico para tirar uma fruta e um iogurte. As piores horas eram a seguir ao almoço, entre as duas e as quatro e meia. O calor ganhava vida própria. Com a luz, assediava a casa pela janela, mesmo com as persianas baixadas. Qualquer área perto duma janela tornava-se uma no go zone até ao final do dia. Toda a vizinhança caía no mais profundo silêncio. Estavam todos nas zonas mais frescas das suas casas. Quem ainda não tinha saído certamente não o ia fazer agora. O calor criava uma atmosfera em cada quarto, como uma presença espectral que sugava toda a energia de qualquer ser vivo que ali estava. As pessoas só se podiam deitar, ou tentar ler um livro, ou ver televisão. Os outros animais dormiam escancarados no chão ou em cima de cadeiras ou sofás. As plantas em duas horas passavam de um verdejante salubre a um amarelo claro agonizado. E assim perdia-se vida e tempo. O que valia era que a roupa lavada secava em duas horas, e assim, tendo a força da vontade, dava para fazer várias máquinas. Ao final do dia as nuvens começaram a cobrir o céu, e de violento e cruel, o calor passou a ser quase aquático, não mais vindo de cima, mas uma manta de vapor estática, em que as pessoas recomeçaram a poder marcar os seus caminhos vectoriais, ir daqui, para ali, para acolá. E depois, a certo ponto apareceu um clarão de luz branca, e um trrruuumm. A chuva começou a cair em algumas gotas grossas. Em poucos minutos a intensidade aumentou e a grossura das gotas também. A temperatura mantinha-se exactamente igual. Nas casas que tinham varandas começaram a aparecer pessoas, algumas a tronco nu, e mesmo nas que não tinham as pessoas estavam à janela, simplesmente a olhar para a chuva, a presenciar. Alguns fumavam.

​Eva Oddo
 







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Ares
​Museu Geológico, Lisboa
​12/2016


  ARES é o título da exposição em que Bernardo Bello (Lisboa, 1988) e Rita Thomaz (Lisboa,1979) apresentam trabalho recente, em pintura e desenho, numa sala partilhada do Museu Geológico de Lisboa. Em dois momentos separados perguntei aos artistas o porquê do título e as respostas de cada um foram diferentes; vagueio entre as duas.
  A afirmação “É sobre Pintura.”, quando utilizada para descrever uma pintura, pode parecer uma tautologia, no entanto, quando dita por um pintor, não soa redundante. Nesta afirmação é decisiva a polissemia da palavra sobre,
indicando-nos que o que se passa naquela pintura acontece em nome de, contra ou acerca da Pintura. Daí a relevância da afirmação ser feita por quem opera neste campo de batalha: pela busca da volatilização das camadas de intervenção (nas monotopias e colagens de Rita Thomaz); pelo processo de sedimentação pictórica, da cor e profundidade (na pintura de Bernardo Bello). Uma exposição, e esta em particular, produz uma determinada atmosfera: no espaço expositivo estão colocados, em locais precisos, telas, folhas de papel, cadernos – cada elemento, suporte de diferentes climas. Talvez seja mais acertado aproximar a proposta em aberto que é uma exposição a uma estação meteorológica, e.g. a acumulação de nuvens no céu pode provocar aguaceiros desanuviando o ar; previsão que varia conforme o nosso movimento de observação pelos trabalhos expostos, tal como, a intensidade com que vemos uma constelação varia consoante o nosso ponto de vista. Esta exposição é ainda palco de outra batalha, desta feita, entre Disciplinas: Ciência vs. Arte, Pensamento vs. Desenho e, a já referida, Pintura vs. Pintura. Ares, o deus grego da Guerra e da Luta, filho de Zeus e de Hera, invariavelmente, envolvido em combates e em situações perigosas, de onde nem sempre sai vencedor, é uma figura mitológica vencida. Como na Pintura, ou no Desenho, os campos de batalha tampouco têm vencedores, redenções ou um fim.

​Maria do Mar Fazenda

Áli​bi
​Espaço AZ, Lisboa
​12/2015
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Ar.Co Bolseiros e Finalistas 12
Pavilhão Preto - Museu de Lisboa
​05/2013
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